Por que o dólar sobe e desce tanto?

Por que o dólar sobe e desce tanto?
O que rola nos bastidores da moeda mais poderosa do mundo — Imagem/Canva

Você abre o jornal ou o app de notícias e lá está ele de novo:
“Dólar dispara”, “Dólar cai”, “Mercado reage”…

Mas afinal, por que o dólar varia tanto? E o que isso tem a ver com os juros dos EUA, política brasileira ou até uma fala solta de algum ministro?

Spoiler: o câmbio é como uma balança — e o que pesa mais nela nem sempre é o que parece.

Antes de tudo: como funciona o câmbio?

O câmbio é a cotação entre duas moedas — por exemplo, quanto vale 1 dólar em reais. Essa taxa muda todos os dias, com base em oferta e demanda.

Se tem muito dólar entrando no Brasil, o preço dele cai.
Se tem mais gente querendo comprar do que vender, ele sobe.

Mas o que faz esse movimento acontecer? Vamos lá:

Juros dos EUA: quando eles sobem, o dólar também

Os juros americanos (controlados pelo FED, o “Banco Central dos EUA”) são um dos maiores fatores que puxam o dólar pra cima ou pra baixo.

Funciona assim:

  • Quando os EUA aumentam os juros, os investimentos em dólar ficam mais atrativos e o dinheiro “foge” de países emergentes, como o Brasil.

  • Isso reduz a oferta de dólar aqui dentro — e o preço dele sobe.

Se os juros caem, o movimento tende a inverter. É por isso que todo mundo presta atenção no que o presidente do FED fala — às vezes uma frase já muda o mercado.

Confiança e cenário político importam (muito)

Não é só economia que pesa. O mercado também reage a:

  • Instabilidade política

  • Incertezas sobre políticas econômicas

  • Medo de calote ou descontrole fiscal

Se o investidor estrangeiro desconfia do Brasil, ele tira dinheiro do país. Menos dólares no mercado = cotação mais alta.

O mesmo vale para falas polêmicas, mudanças na política monetária ou tensões institucionais.

Exportação, importação e o "fluxo" de dólares

  • Se o Brasil exporta mais (soja, minério, carne), entram mais dólares e a cotação tende a cair.

  • Se o país importa muito (combustíveis, tecnologia), a demanda por dólar aumenta — e o preço pode subir.

Além disso, empresas, governos e turistas também movimentam esse fluxo diariamente.

E o Banco Central, não faz nada?

Faz, sim.

O Banco Central do Brasil pode intervir no câmbio vendendo dólares das reservas para conter uma alta brusca, ou comprando para evitar quedas excessivas.
Mas ele costuma agir só em momentos críticos — a ideia é deixar o câmbio livre, mas com freios de emergência.

E o que isso muda na sua vida?

Mais do que parece:

  • Viagens internacionais ficam mais caras ou mais baratas

  • Produtos importados (como eletrônicos e combustíveis) sobem de preço com o dólar alto

  • Inflação pode aumentar se o dólar disparar — porque muitos custos são dolarizados

  • Investimentos e até o valor do real na bolsa podem mudar com o humor do câmbio

Dólar volátil, economia sensível

O sobe e desce do dólar não é só um capricho do mercado.
Ele responde a movimentos globais, decisões políticas, expectativas de investidores e ao eterno equilíbrio entre risco e confiança.

Em tempos de incerteza, a cotação muda rápido — e entender por quê ajuda você a ler melhor os sinais da economia (e a cuidar melhor do seu dinheiro também).

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